Igreja celebra São Luís Gonzaga, padroeiro de nossa diocese e dos seminaristas

Um dos grandes desafios da vida cristã é conservar-se puro e simples como uma criança. O apelo que nosso Senhor faz a isto (Mt 18, 3-5) é, antes de tudo, um chamado a viver autenticamente diante de Deus e dos homens, conservando a pureza não só do corpo, mas das intenções e das obras. Como parece isto difícil aos nossos olhos, a bondade divina nos concede entender como se faz possível a consecução deste desafio – e o faz pelo exemplo dos santos.

A Diocese de Novo Hamburgo tem privilégio de ter por padroeiro e intercessor junto de Deus um grande santo, ainda que jovem na idade. São Luís Gonzaga, patrono também da juventude e, especialmente, dos seminaristas (porque sendo um deles entregou sua vida em uma caridade ardente), se apresenta como luz para a Igreja no mundo nesta sexta-feira, 21, por ocasião de sua memória litúrgica.

História

Luís Gonzaga nasceu em 9 de março de 1568, no castelo de Castiglione delle Stiviere, na Itália. Filho mais velho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione, e Marta Tana di Santena, uma dama de companhia da rainha Isabel da Espanha. Desde cedo, Luís demonstrou uma inclinação profunda para a vida espiritual. Aos sete anos, fez um voto de castidade e dedicou-se à oração e à meditação, mesmo vivendo no ambiente familiar profundamente nobre.

Enviado para Florença aos nove anos para ser educado na corte do grão-duque Francisco I de Médici, Luís manteve sua dedicação religiosa e não se deixou atrair pelas coisas do mundo. Em 1581, a família mudou-se para Madrid, onde ele continuou sua educação na corte de Filipe II da Espanha. Durante este tempo, Luís decidiu firmemente que queria se dedicar inteiramente a Deus, o que o levou a, já em 1585, renunciar aos seus direitos de herança e ingressar na Companhia de Jesus, contra a vontade de seu pai.

Tendo feito-se jesuíta em Roma, Luís estudou filosofia e teologia. Ele era conhecido por sua austeridade, humildade e devoção. Apesar de sua saúde frágil, dedicou-se aos estudos e ao cuidado dos doentes. Em 1591, uma epidemia de peste assolou Roma, e Luís, movido por sua compaixão e desejo de servir, dedicou-se ao cuidado dos enfermos. Contraiu a doença e faleceu em 21 de junho de 1591, aos 23 anos.

Apenas 14 anos mais tarde, o Papa Paulo V, em 1605, o beatificou. Em 1726, Bento XIII o canonizou.

Seu legado permanece para a história como a de um jovem com pressa para amar e ser santo, pela correspondência ao amor de Deus. Sua vida é um espelho claro daquilo que a Igreja viria a recordar a seus filhos séculos depois, no Concílio Vaticano II: a vocação universal à santidade é fundamento para sustentação de toda vocação. Luís Gonzaga era chamado ao sacerdócio. Mas, antes de tudo, a santidade. E esta segunda, vocação que plenifica toda vocação, se consumou primeiro.

Exemplo para a juventude atual

São Luís Gonzaga é um exemplo para todo o povo de Deus. Ainda que os séculos separe sua vida das nossas, pela oração, ela se faz sempre próxima. Por isso, nestes tempos de desafios que vivemos, seu espelho de caridade e entrega tem muito a nos dizer. A todos, sobre a pureza e a correspondência à voz de Deus. Aos jovens, sobre a pressa em corresponder com a própria juventude à plenitude do amor. Aos vocacionados ao sacerdócio, o exemplo de uma abertura de coração para que Cristo seja formado em nós.

Neste período especial para nossa Igreja Particular de Novo Hamburgo, a Catedral diocesana se prepara para celebrar seu padroeiro e convida a todo o povo de Deus a se fazer presente. Confira:

Celebrações de São Luís Gonzaga na Catedral:

Tríduo: dias 20, 21 e 22 de junho, às 18h30.

Missa festiva: Domingo, 23 de junho, às 10h.

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