A Liturgia da Igreja celebra nesta segunda-feira, 7 de outubro, a memória da Bem-aventurada Virgem Maria do Rosário, estabelecida pelo Papa Pio V, em 1571, após a vitória dos cristãos quando resistiram aos ataques dos turcos otomanos em meio à recitação do Rosário, em Lepanto. Aqui no Brasil, para dar maior destaque à data, com o convite para a oração do terço, foi criado o Dia Nacional do Rosário da Virgem Maria, estabelecido pela Lei 14.745/23.
O nome Rosário faz referência a rosas oferecidas a Nossa Senhora a cada Ave-Maria contemplada. O Papa Bento XVI escreveu certa vez que o Rosário é uma oração bíblica, “totalmente tecida pela Sagrada Escritura” e que é “uma oração do coração, em que a repetição da ‘Ave-Maria’ orienta o pensamento e o afeto para Cristo”, assim como afirmou Paulo VI em 1974.
Também João Paulo II ressaltou ser uma oração amada por numerosos Santos e estimulada pelo Magistério. “Na sua simplicidade e profundidade, permanece, mesmo no terceiro Milénio recém iniciado, uma oração de grande significado e destinada a produzir frutos de santidade”.
“Ela enquadra-se perfeitamente no caminho espiritual de um cristianismo que, passados dois mil anos, nada perdeu do seu frescor original, e sente-se impulsionado pelo Espírito de Deus a ‘fazer-se ao largo’ para reafirmar, melhor ‘gritar’ Cristo ao mundo como Senhor e Salvador, como ‘caminho, verdade e vida’ (Jo 14, 6), como ‘o fim da história humana, o ponto para onde tendem os desejos da história e da civilização’”, escreveu João Paulo II na carta apostólica Rosarium Virginis Mariae.
Pela paz
O Papa Francisco tem insistido, em diversas ocasiões, principalmente na pandemia e diante das realidades de guerra, para que os cristãos busquem o auxílio espiritual de Maria por meio do Terço.
Ontem, o pontífice uniu-se aos fiéis do mundo inteiro a partir da Basílica de Santa Maria Maior de Roma para suplicar a Nossa Senhora a intercessão pelo dom da paz no mundo. Também participaram com ele os mais de 350 membros da segunda sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, em andamento no Vaticano até 27 de outubro.
O momento de oração do terço foi o primeiro de dois dias envolvidos na mesma intenção. Nesta segunda-feira, é realizado o dia de oração e jejum, na marca de um ano do ataque terrorista do Hamas contra Israel que desencadeou a guerra no Oriente Médio. As duas iniciativas são realizadas nesta “hora dramática de nossa história, enquanto os ventos da guerra e os fogos da violência continuam a devastar povos e nações inteiras”, como descreveu o Papa no dia 2 de outubro.
CNBB