Transcorridos 25 anos da Campanha da Fraternidade de 1994, que teve como temática o questionamento sobre “A Família, como vai?”, a Pastoral Familiar propõe novamente a reflexão em torno desse mesmo tema. Talvez não tenhamos a pretensão de prontamente termos uma resposta. Mas, com certeza, nos remete a pensarmos sobre a família e na situação que a mesma se encontra nos dias atuais.
Possa quem sabe nos surpreender que algumas coisas continuam como eram, outras evoluíram e outras tantas regrediram. Por exemplo: se pensarmos sobre os meios de comunicação que tanto evoluíram e estão cada vez mais sofisticados. Será que aumentou a comunicação entre as pessoas? As famílias estão se comunicando mais e com mais qualidade? Acreditamos que sim, mas em certos casos percebemos que nem sempre a evolução da tecnologia trouxe benefícios ao ser humano em comunicar-se com mais qualidade e intensidade.
O Papa Francisco em sua Exortação Apostólica sobre o amor na família nos diz que ela não é um problema, mas, sobretudo, uma oportunidade (Amoris Laetitia, 7). Mas que oportunidade seria essa? A oportunidade de falarmos bem da família, das coisas boas que a família traz a cada um de nós. Há de se pensar qual é o lugar que quase sempre recorremos diante de provações? Com certeza é a família o primeiro hospital que nos recebe e acolhe, nos cura e nos remete a sociedade para o testemunho. Não se pode pensar que ao destruirmos a célula mãe Família, teremos uma sociedade melhor, antes o contrário.
Para darmos resposta a pergunta: A Família como vai? Devemos nos lançar na perspectiva de uma Igreja em saída. Uma Igreja que vai ao encontro. No que nos propõe o Papa Francisco – Igreja em saída – está também a missionariedade da Igreja. A família também deve se tornar missionária. Como? Formando grupos de famílias, Igreja nas casas, a fim de suscitar que essa igreja doméstica (minha família) também vá ao encontro de outras Igrejas domésticas (outras famílias que ao celebrarmos em comunidade também estamos fazendo com que a igreja doméstica se some a outras e forme a eclesiologia de comunhão e participação proposta pelo Vaticano II.
A Pastoral Familiar do Rio Grande do Sul elaborou um excelente material para celebrar a Semana Nacional da Família que acontecerá de 11 a 17 de agosto deste ano. Além de um texto bíblico para a reflexão e das palavras do Papa Francisco, relembrou o propósito do “Cantinho de Deus” em sua casa, ou seja, que cada família tenha um espaço no seu lar, onde todos possam visualizar e rezar. Um espaço com água benta, bíblia, crucifixo, fotos da família, etc., a fim de que os filhos possam ver seus pais, avós e demais familiares rezando. Esse será o melhor testemunho de oração.
Ao se falar no ato de rezar, devemos pensar que a família deveria ser a “primeira escola de oração”. Daí a importância da Pastoral Familiar estar conectada, ligada, conectada ao processo de Iniciação a Vida Cristã e na perspectiva da Promoção e Defesa da Vida em todas as instâncias, ou seja, desde a concepção até a morte natural. É exatamente no processo iniciatório de um cristão que se dá a valorização da Família e da Vida.
Os três setores da Pastoral Familiar: Pré-Matrimonial, Pós-Matrimonial e Casos Especiais devem fomentar atividades que favoreçam o questionamento: E a Família como vai? No pré, suscitar nos jovens que se preparam para a Crisma, nos namorados, nos noivos que família querem se propor a formar? Como está a sua família para formar uma nova família? Que trago de minha família que ajudará a formar uma nova família? No pós, perguntar-se que família constituí? Ela tem como fundamento a família de Nazaré? Já nos casos especiais questionar-se diante das fragilidades que a família passa, como ela está sobrevivendo? Como me sinto em relação às limitações de minha família?
Enfim, são inúmeras respostas para uma pergunta tão curta: A família, como vai? A reflexão abre horizontes, amplia olhares, singulariza processos, cria laços de proximidade. Cada um responderá sobre sua família e a Pastoral Familiar responderá sobre sua ação evangelizadora em meio as famílias a fim de cumprir a missão que lhe é proposta.
A Coordenação Diocesana da Pastoral Familiar quer motivar todas as paróquias da Diocese para que trabalhem a Semana Nacional da Família, envolvendo catequese, pastorais e movimentos, promovendo ações e atividades de valorização das famílias, tais como palestras, caminhadas, missas com benção das Bodas e campanhas em favor das famílias. Convidamos para a missa de encerramento, presidida por Dom Zeno, dia 18 de agosto, as 16 horas, com benção das Bodas.
Uma santa e abençoada Semana Nacional da Família! Sagrada Família de Nazaré. Nossa Família vossa é!
Texto: Pe. Edson Pereira – Assessor Regional da Pastoral Familiar
Regional Sul 3 – RS
Casal coordenador Diocesano Terezinha e Schneck
Diocese de Novo Hamburgo
Autor(a): Pe. Edson Pereira – Assessor Regional da Pastoral Familiar
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