Novo Hamburgo, aos 16 de junho de 2020,
Meu caríssimo Pe. Luciano, queridos catequistas e estimados pais de catequizandos,
Tenho a convicção de que todos estejam compreendendo que nós estamos em um ano excepcional, por causa desta pandemia que já ceifou tantas vidas e que é tão contagiosa.
Nós estamos chegando ao fim do primeiro semestre deste ano, e a catequese ainda não começou e o pior é que não sabemos quando vai começar e se é que vai começar.
O nosso Estado está cada vez mais adiando um pronunciamento sobre as aulas presen-ciais. E nós compreendemos, não há o que fazer. Ninguém pode assegurar a vida e a saúde das crianças e dos jovens, levando-os precipitadamente à sala de catequese. Por isso, está de-cidido que a catequese de primeira comunhão e de crisma só vai começar, no momento em que recomeçam as aulas das Escolas Estaduais e Municipais.
E, no caso de isto acontecer ainda no mês de julho ou agosto, então estabelecemos duas orientações:
1º. Se a paróquia conseguir dar uma catequese um pouco mais intensiva, com mais en-contros semanais, então haveria a possibilidade de marcar primeira comunhão ou crisma, ainda nos meses de outubro, novembro ou dezembro. Neste caso as datas e horários deve-rão ser marcados com o bispo diretamente.
2º. O mais prático seria levar a catequese até abril ou maio do ano que vem marcando as datas de crisma com o bispo e as datas da primeira comunhão na paróquia. Isto vale tam-bém para o caso de recomeçarmos a catequese só no princípio de setembro.
Se não pudermos recomeçar com a catequese, até final de setembro, então teríamos que ignorar a possibilidade de celebrações no final deste ano. Precisamos projetar tudo para a par-tir de junho do ano que vem.
Eu sei que esta orientação não agrada nem aos padres, nem às famílias, crianças e cate-quistas. Mas, não há o que fazer. Precisamos antes de tudo assegurar a saúde das crianças e dos jovens, providenciar pela vida e todo o resto vai-se ajeitando mais adiante.
Com meu abraço e minha benção, quero passar esta orientação para que, a partir de no-vos dados, se possa decidir para o que for melhor par a vida de nossos fiéis.
Na esperança de que tudo isto passe o mais rápido possível e que possamos retomar a nossa vida cristã, com a participação alegre e cheia de vida, em nossas comunidades.
+ Zeno Hastenteufel, bispo diocesano.
Autor(a): Dom Zeno Hastenteufel