Mês Missionário: Dom Jaime Kohl acompanha seis novos missionários em Moçambique

O Mês Missionário convida: “Ide, da Igreja local aos confins do mundo“. Atentos ao chamado, o Regional Sul 3 e a Congregação das Filhas do Amor Divino iniciaram outubro partindo em missão para Moçambique. As paróquias de Micane e Larde, na Arquidiocese de Nampula, acolhem nestes dias seis novos missionários, além da visita de dom Jaime Pedro Kohl, Bispo de Osório e Referencial para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial no Regional Sul 3, e da cooordenadora do COMIRE, Victória Holzbach.

A visita inicou neste domingo, 08 de outubro e se estende até o próximo sábado, 14. Estes dias, marcam a criação da comunidade Luz da Aurora, das Irmãs Filhas do Amor Divino, em Micane, no Sul da Província de Nampula e também a chegada de um novo padre e um novo leigo para compor o grupo de missionários que vivem em Moma. A equipe, agora com oito missionários e missionárias, é responsável por atender pastoralmente as duas paróquias e acompanhar os projetos sociais educativos na Vila de Moma.

Em Micane, a comunidade das Irmãs Filhas do Amor Divino é composta pelas irmãs Ilca Welter, Lourdes Dill, Maria Madalena de Andrade e Rita Lori Finkler. Já em Moma, o Pe. Luiz Weber e a leiga Maria Bernardete Acadroli acolhem o Pe. Henrique Neis e o leigo Benedito Ataguile.

Dom Jaime Kohl visita pela 6ª vez a Missão em Moçambique e partilha o que não cansa de testemunhar: “um povo sempre contente, alegre, vivo e criativo nas suas manifestações de fé”. Segundo o bispo, este é um momento importante e inédito na missão, especialmente pela constituição da nova comunidade das irmãs, que se integram à equipe missionária de Moma. Ele reforça ainda a importância da mobilização e da articulação da Igreja no Rio Grande do Sul em favor da missão em Moçambique:

“É um tempo novo para o nosso projeto e espero que seja um momento de graça e renovação para a nossa Igreja do RS, que precisa ainda mais intensificar seu espírito missionário. A missão não é somente para a equipe que está em Moçambique, mas eles vêm como representantes de todo o povo do Rio Grande do Sul. Portanto cada um e cada uma deve sentir-se missionário pelo fato de colaborar com esse projeto pela oração e a doação na coleta – suporte necessário para que os pés de quem parte possam ter as condições necessárias para fazer um trabalho bonito de cooperação missionária”.

A alegria da acolhida

A Ir. Ilca Welter, coordenadora da comunidade Luz da Aurora, chegou em Moçambique no dia 30 de setembro, com a Ir. Rita Finkler e a Ir. Maria Madalena de Andrade. Nesta última semana, as irmãs experimentaram a acolhida do povo moçambicano, recebendo as visitas que chegavam na nova casa, ganhando os pequenos presentes que cada um ofertava e compreendendo as diferenças da língua e da cultura macua.

Depois desses dias, Ir. Ilca lembra da Fundadora da Congregação para agradecer a beleza destes dias já vivenciados no país que agora será sua casa:

“A Fundadora Madre Francisca diz: “Nenhuma alegria, sem obrigada a Deus”. Faço minhas essas palavras hoje, após 8 dias em missão. Sou grata a esse povo alegre, acolhedor e de fé. E sinto cada vez mais forte o pulsar do coração e a voz de Deus dizendo, aqui é seu lugar”.

Quem também experimenta a alegria da chegada é o Pe. Henrique Neis, que desembarcou em Moçambique no dia 05 de outubro e chegou na missão no dia 07. Sobre estes poucos dias e as suas primeiras impressões, ele comenta: “Na chegada em Moçambique o que vi foi um povo bastante acolhedor, que celebra a Eucaristia com bastante vida através das danças e músicas”.

Na manhã do domingo, 08, ele participou da primeira Missa em Moçambique, na paróquia de Micane e relata que lhe chamou muito atenção a partilha das pessoas durante a celebração:

Me impressionei com a organização nas danças e a procissão do ofertório durante a Missa, onde as pessoas trouxeram donativos para as casas das irmãs e para casa do Regional Sul 3. Esse ponto reforça mais ainda um pensamento que tenho comigo que é: “Do pouco que tenho dar aos que têm menos ainda” e “Não se passa fome quando vivemos em comunhão”.

Proveniente do clero de Novo Hamburgo, o sacerdote permanecerá em missão no país africano durante três anos. Sobre as expectativas para este tempo, ele deseja “poder, diante da programação da casa, em meio aos imprevistos do dia-a-dia, dar o melhor para aqueles que encontrar na missão”.

Autor(a): CNBB SUL 3

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