Na próxima sexta-feira, 3 de outubro de 2025, a Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Nova Hartz (RS), receberá a ordenação sacerdotal do diácono Felipe de Souza Ribeiro, às 20 horas. Ele será ordenado sacerdote por imposição das mãos e oração consacratória de Dom João Francisco Salm, bispo diocesano de Novo Hamburgo. O lema escolhido para a ordenação é “Amar-Te até o fim, até meu último suspiro”, de São João Maria Vianney, padroeiro dos padres.

Uma vocação marcada pela misericórdia

Filho de uma família católica, Felipe recorda que sua vida de fé começou cedo: “Desde pequeno aprendi a conhecer a Deus, a rezar, a participar da Igreja”. Na adolescência, porém, distanciou-se da prática religiosa. “Por volta dos 14 ou 15 anos me afastei de Nosso Senhor e fiquei afastado por cinco anos. Então fui resgatado. Minha história é um pouco a história do filho pródigo; minha vida de fé é marcada pela misericórdia de Nosso Senhor”, relembra.

O reencontro com a Igreja veio por meio dos grupos de jovens, da direção espiritual e, sobretudo, de um retiro que se tornou decisivo: “Aprendi o valor da Missa. A Missa me atraiu ao sacerdócio. Entendi que essa era a vontade de Deus. Eu entrei no seminário no Ano da Misericórdia, em 2016, e a Igreja foi confirmando o meu chamado”.

O tempo do diaconato

Ordenado diácono em fevereiro deste ano, Felipe foi enviado para a Paróquia Imaculada Conceição, em Rolante (RS), onde exerceu o ministério diaconal em diversas frentes. “Tem sido um ano de muitas graças, de muito trabalho e de muita alegria. É maravilhoso poder ser ministro do sacramento do Batismo, assistir a matrimônios, dar a bênção e pregar o Evangelho”, conta.

O período também trouxe aprendizados sobre a essência da vocação. Ele recorda uma frase ouvida de Dom João Francisco Salm no seminário de Viamão: “Um seminarista está pronto para ser padre quando ser padre não for o que mais importa, mas sim fazer a vontade de Deus”. Inspirado por isso, procurou viver cada dia conforme o querer de Deus, mesmo sentindo a falta de exercer plenamente o ministério: “Nos hospitais e visitas aos doentes, quando não pude dar a unção dos enfermos, ou quando escutava os pecados das pessoas e não podia absolvê-las, senti o quanto esperava pelo sacerdócio”.

Caminho pastoral

Ao longo de sua formação, Felipe passou por diversas paróquias da Diocese de Novo Hamburgo e também da Diocese de Santo Amaro, em São Paulo:

• Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Novo Hamburgo (RS), Bairro Guarani
• Paróquia Nossa Senhora de Fátima – São Paulo (SP), Bairro Veleiros
• Paróquia Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças – São Leopoldo (RS), Bairro Vincentina
• Paróquia Imaculada Conceição – Igrejinha (RS)
• Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Canela (RS)
• Paróquia Nossa Senhora do Rosário – Riozinho (RS)
• Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Nova Hartz (RS)
• Atualmente, Paróquia Imaculada Conceição – Rolante (RS)

Às portas do sacerdócio

Na contagem regressiva para o grande dia, a expectativa mistura ansiedade e oração. “O que tem me deixado mais ansioso não são as coisas práticas da organização, mas o fato de que em menos de uma semana vou celebrar o Santo Sacrifício de Nosso Senhor. Tenho rezado muito sobre o dom que irei receber; Jesus tem me preparado para o que vai acontecer”.

Diante da ordenação, diácono Felipe resume sua resposta ao chamado divino em uma única frase: “Eu te amo, meu Jesus! Tu és o grande amor da minha vida, meu coração é Teu! A minha eleição é um dom gratuito da Sua misericórdia. Eu nada tenho que me faça merecer tão grande dom. Peço a Ele todos os dias que, por sua graça, me faça fiel ao ministério que Ele mesmo me chamou”.

Um dia de festa para a toda a Diocese

Todos os membros da comunidade diocesana são convidadas a participarem da Santa Missa de Ordenação e das primeiras Missas presididas pelo futuro padre Felipe de Souza Ribeiro.

Ordenação:

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Nova Hartz (RS). Dia 03 de outubro de 2025, às 20h.

Primeira Missa Solene:

Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, Nova Hartz (RS). Dia 05 de outubro de 2025, às 10h.

Texto: Seminarista Júlio Hermann

Fotos: Dener Reis