Audiência: ser pobre em espírito é ser livre para amar

As doenças da alma devem ser curadas e o remédio é o perdão: na missa matutina na Casa Santa Marta, o Papa Francisco comentou o episódio evangélico da cura do paralítico realizada por Jesus.

Adriana Masotti – Cidade do Vaticano

Ao celebrar a missa na capela da Casa Santa Marta (17/01), o Papa comentou o trecho de hoje, extraído do Evangelho segundo Marcos, que apresenta um episódio de cura realizada por Jesus a um paralítico.

Jesus está em Cafarnaum e a multidão está reunida em volta dele. Através da abertura feita no teto da casa, algumas pessoas levam a Ele um homem deitado numa maca. A esperança é que Jesus cure o paralítico, mas surpreende a todos dizendo: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. Somente depois ordenará que se levante, pegue a cama e volte para casa.

O Pontífice comentou dizendo que, com as suas palavras, Jesus nos permite ir ao essencial. “Ele é um homem de Deus”, afirmou o Papa: cura, mas não é um curandeiro, ensina, mas é mais do que um mestre, e diante da cena que se apresenta, vai ao essencial:

Olha o paralitico: “Os teus pecados estão perdoados”. A cura física é um dom, a saúde física é um dom que devemos proteger. Mas o Senhor nos ensina ainda que também a saúde do coração, a saúde espiritual precisa ser preservada.

O medo de ir ali onde acontece o encontro com o Senhor

Jesus vai essencial também com a mulher pecadora, de que fala o Evangelho, quando diante do seu choro, diz: “Os teus pecados estão perdoados”. Os outros ficam escandalizados, afirmou o Papa, “quando Jesus vai ao essencial, se escandalizam, porque ali está a profecia, ali está a força”.

Do mesmo modo, “vai, mas não peques mais”, diz Jesus ao homem da piscina que nunca chega em tempo para descer na água para poder curar. À Samaritana que lhe faz tantas perguntas, -“fazia um pouco o papel de teóloga”, disse o Papa – Jesus pergunta do marido. Vai ao essencial da vida. “E o essencial – afirmou Francisco – é a sua relação com Deus. E nós muitas vezes esquecemos disto, como se tivéssemos medo de ir propriamente ali, onde há o encontro com o Senhor, com Deus”. O Papa observou que fazemos tanto por nossa saúde física, trocamos conselhos sobre médicos e remédios, o que é bom, “mas pensamos na saúde do coração?”.

Aqui tem uma palavra de Jesus que talvez nos ajudará: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. Estamos acostumados a pensar neste remédio do perdão dos nossos pecados, dos nossos erros? Nós nos perguntamos: “Eu devo pedir perdão a Deus por alguma coisa?”. “Sim, sim, sim, em geral todos somos pecadores”, e assim a coisa se dilui e perde a força, esta força de profecia que Jesus faz quando vai ao essencial. E hoje Jesus, a cada um de nós, nos diz: “Eu quero perdoar os teus pecados”.

O perdão é o remédio para a saúde do coração

O Papa prosseguiu afirmando que há pessoas que não encontram pecados em si mesmas para confessar, porque “falta a consciência dos pecados”. “Pecados concretos”, “doenças da alma”, “doenças da alma” que devem ser curadas “e o remédio para se curar é o perdão”.

É uma coisa simples, mas que Jesus nos ensina quando vai ao essencial. O essencial é a saúde, toda: do corpo e da alma. Devemos preservar bem a do corpo, mas também a saúde da alma. E devemos ir àquele médico que pode nos curar, que pode perdoar os pecados. Jesus veio para isto, deu a vida por isto.

Autor(a): VATICAN NEWS

Direitos da Imagem: Pascom NH

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