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O Papa: a oração é o nosso coração, quem não ama, faz de conta de rezar

O que aconteceu em nossa Igreja, a 28 de fevereiro de 2013, a renúncia do Papa Bento XVI, já não acontecia mais desde o longínquo ano de 1294, quando o Papa Celestino V renunciou ao Papado e foi eleito Bonifácio VIII.

Desde aquele 13 de março de 2013, quando a fumaça branca dava o sinal da eleição de novo Papa na pessoa do argentino Cardeal Mário Bergoglio, havia um pequeno grupo de católicos e muitos dissidentes da Igreja que não estavam aceitando ele como Papa legítimo.

Mas, tendo sido realizado com a máxima prudência, segundo todas as regras canônicas, muito bem estudadas pelo grande teólogo que já era o Papa Razinger, a Igreja realizou o seu conclave, em absoluta segurança e o Papa Francisco foi eleito pelo legítimo colégio de Cardeais, muito bem assessorados e bem instruídos, sem nenhuma contestação.

Nós latino americanos ficamos muito felizes com um Papa vindo de nossas terras e levando para Roma a nossa experiência de ser Igreja, uma Igreja inspirada nas Conferências de Medelin, Puebla, Santo Domingos e Aparecida. Ficamos muito felizes ao saber logo que este novo Papa tinha sido o redator principal do Documento de Aparecida, que chamava a nossa Igreja para uma Missão Continental.

Ainda no mesmo ano de 2013, em julho, o Papa Francisco, estava no Rio de Janeiro participando da Jornada Mundial da Juventude, ocasião em que se encontrou com a maioria dos bispos do Brasil, dando-nos a certeza de que agenda do novo Papa era prosseguir com a caminhada traçada em Aparecida e a fiel observância de todas as diretrizes aprovadas no Concílio Vaticano II.

Mas, sempre apareceram também grupos de contestação. Especialmente quando o Papa começou a se preocupar cada vez mais com os pobres, com os migrantes, e com as classes mais oprimidas, grupos de católicos mais privilegiados e ricos, começaram a falar mal do Papa, contestar certas afirmações e fazer uma velada oposição.

Estes grupos têm crescido também em nossa região e em nossa diocese. Muitas vezes são até pessoas bem identificados com lideranças da Igreja, mas que não podem ver um Papa que se preocupa com o social e que tenha realmente uma opção preferencial pelos pobres, marginalizados e por aqueles que, com facilidade, são tidos como descartáveis.

Precisamos ter muito cuidado. Se nós somos da Igreja Católica Apostólica Romana, temos este Papa Francisco, e só podemos realmente ser cristãos, em união com o nosso Papa, unido ao nosso bispo, e rezando uns pelos outros.

Muito cuidado porque estamos vivendo uma situação de calamidade, no mundo inteiro continua o problema desta pandemia, e nós estamos mais em casa, temos mais tempo para pensar, para ler e, com facilidade, nos deixamos influenciar com quem pense diferente de nós e volta com este velho chavão: “papa legitimo e para ilegítimo”.

Nós temos um Papa de verdade, legítimo, e único. Temos além dele um Papa emérito, um santo vivo, que reza muito e está em estreita união com o Papa Francisco. Não podemos nos deixar enganar. Somos da Igreja de Jesus Cristo, a Igreja do Papa Francisco, a Igreja de nosso bispo diocesano, até que ele se torna emérito e depois teremos outro bispo.

Novo Hamburgo,aos 22 de novembro, Festa de Cristo Rei

Autor(a): Dom Zeno Hastenteufel

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