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Santo Antônio de Pádua, o Doutor Evangélico

Dia 13 de junho, a Igreja celebra a memória de um dos grandes santos. Santo Antônio é conhecido no Brasil como o “santo casamenteiro”, especialmente procurado por aqueles que desejam se casar. No entanto, sua vida vai muito além dessa devoção popular. Santo Antônio é um exemplo vivo de discipulado de Cristo através da pregação, relevante até os dias de hoje.

Biografia

Santo Antônio nasceu em Lisboa, Portugal, em 1195, filho do nobre Martino de ‘Buglioni e Donna Maria Taveira. Batizado com o nome de Fernando, sentiu-se chamado a viver o ideal evangélico sem concessões e entrou no mosteiro agostiniano de São Vicente. Após cerca de dois anos, mudou-se para o mosteiro em Coimbra, onde viveu entre 1212 e 1220, dedicando-se aos estudos de ciências humanas e teológicas.

Estudos e Mudança

Fernando foi ordenado sacerdote provavelmente em 1220 e, no mesmo ano, deixou os agostinianos para se tornar franciscano, adotando o nome de Antônio. Estudou a regra franciscana e partiu para o Marrocos, mas devido a uma doença, retornou e acabou em Sicília por causa de uma tempestade. Em 1221, participou de um capítulo da ordem em Assis e foi notado por Frei Graziano, que o convidou para acompanhá-lo na Romagna.

Descoberta do Dom

Em 1222, em Forlì, durante uma cerimônia de ordenação, Antônio foi chamado a pregar e revelou suas habilidades oratórias e conhecimento bíblico profundo, iniciando sua missão de pregador. Ele ensinou teologia em Bolonha entre 1223 e 1225, tornando-se o primeiro professor de teologia da ordem franciscana.

Atuação em Pádua

Santo Antônio chegou a Pádua por volta de 1229 e rapidamente se tornou famoso por seus sermões. A crescente multidão de peregrinos o procurava para confissões e aconselhamentos, tornando sua presença marcante na cidade. Seus Sermões Antonianos são considerados obras literárias notáveis da Idade Média.

Morte e Canonização

Em 1231, debilitado pela doença, Santo Antônio foi levado de volta a Pádua, onde faleceu em 13 de junho, murmurando “Eu vejo o meu Senhor”. Foi sepultado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini. Apenas 11 meses após sua morte, em 30 de maio de 1232, foi canonizado pelo Papa Gregório IX. Em 1946, foi proclamado Doutor da Igreja Universal com o título de Doctor Evangelicus.

Sermão sobre a Caridade

Bento XVI citou um dos sermões de Santo Antônio:

“A caridade é a alma da fé, torna-a viva; sem amor, a fé morre” (Sermones Dominicales et Festivi II, Messaggero, Padova 1979, p.37).

Antônio sempre enfatizou a importância da oração na vida espiritual e a luta contra as inclinações humanas ao pecado, incentivando a prática das virtudes cristãs. Ele destacava a verdadeira riqueza do coração, acumulando tesouros para o céu através da caridade e generosidade.

Cristocentrismo Franciscano

Antônio, seguindo a escola de Francisco, sempre colocava Cristo no centro de sua vida e pregação, contemplando especialmente os mistérios da humanidade de Jesus, como a Natividade. Isso despertava sentimentos de amor e gratidão pela bondade divina.

Santo Antônio de Pádua é um exemplo de dedicação, sabedoria e espiritualidade, cuja vida e ensinamentos continuam a inspirar fiéis ao redor do mundo.

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