Em outubro, a Igreja se volta para a permanente preocupação pelo anúncio do Evangelho a todos os povos. A vinda de Cristo a terra foi para nos revelar o Mistério de Deus e ensinar-nos a caminhar para vivermos na Sua graça e assim merecermos uma felicidade que não tem fim, que é o Céu. São muitos os povos aos quais a Revelação Divina de Cristo não os iluminou. Não conhecem o Salvador, a Sua vinda histórica, a Sua doutrina e o destino feliz a que Deus nos chama.
A ordem de Cristo – “Pregai a boa nova do Evangelho a toda criatura” – nos impulsiona a levar ao mundo todo a notícia feliz. Aquela parábola (Mt 20), em que, nas diversas horas do dia, o Senhor convida os trabalhadores para sua vinha, é um chamado a cada um para pôr-se a serviço do Evangelho.
Há uma cena que nos deixa bem claro como o Senhor chama para a honrosa missão de anunciar a todos a salvação. É quando Jesus passa pela banca de impostos de Mateus e o chama – a ele pecador público, como era considerado – para fazer parte dos seus seguidores. De cobrador de impostos tornou-se imediatamente seguidor fervoroso de Jesus. A graça transforma.
Cristo nos chama. Também Paulo, no caminho de Damasco que fez dele o mais ardoroso anunciador de Cristo. A graça agiu nele, transformando-o de perigoso perseguidor em apóstolo, cujo “viver era Cristo”, como ele mesmo confessa. Nós também fomos chamados e isto é a nossa felicidade.
Causa, porém, tristeza ver como muitíssimos cristãos não têm pelo Senhor Jesus fervoroso entusiasmo, a tal ponto que os leve a anunciá-Lo aos que ainda não O conhecem, anunciá-Lo pelo testemunho da própria vida oportuna e inoportunamente, sem medo, sem fanatismo, mas com a sinceridade da fé e do amor que não se cansam.
Autor(a): Mons. Inácio Schuster
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