Padre Pedrinho: um homem da misericórdia

Na última semana, um momento emocionante marcou nossos corações em nossa diocese. Aos seus 92 anos, nosso querido padre Pedrinho entrou para o descanso eterno. Nós todos, da Diocese de Novo Hamburgo rende graças a Deus pela vida e missão do querido Padre Pedro Stoffel, sacerdote exemplar, marcado pelo zelo pastoral, pela acolhida calorosa e pelo dom especial de reconciliar os fiéis com Deus através do sacramento da confissão.

Nascido em 09 de setembro de 1932, na cidade de Dois Irmãos, Padre Pedro era o caçula de doze irmãos. Desde cedo, sentiu o chamado à vocação sacerdotal, trilhando sua formação nos seminários de Gravataí e Viamão. Ordenado sacerdote no dia 07 de julho de 1962, entregou sua vida ao serviço do Reino, passando por diversas paróquias e seminários, sempre com um coração generoso e paternal.

Ao longo de seus mais de 60 anos de sacerdócio, serviu com dedicação em diversas comunidades, como pároco, vigário e diretor espiritual. Em todas elas, deixou marcas profundas de amor e entrega, sendo reconhecido pelo povo como um padre acolhedor, paciente e sempre disposto a ouvir. Seu grande amor pelo sacramento da reconciliação foi uma das suas características mais notáveis. Desde 2015, quando chegou à Catedral São Luiz Gonzaga, dedicou-se intensamente ao ministério da confissão, atendendo um impressionante total de 40.262 penitentes, conforme suas próprias anotações.

Padre Pedro também teve um papel essencial na vida de muitos jovens, sendo o primeiro Diretor Espiritual do Movimento Discípulos de Emaús, de 1980 a 2008. Chamava-os carinhosamente de “seus jovens”, transmitindo a eles a alegria do Evangelho e a beleza do chamado de Deus.

Homem de profunda espiritualidade e simplicidade, era conhecido por seu espírito gentil e sua alegria sincera. Seu bordão “Como é bom a gente ser gente” resumia sua visão de mundo e seu desejo de levar a bondade de Deus a todos. Além do ministério sacerdotal, gostava de pescar, talvez como uma metáfora de sua missão: lançar as redes do amor de Cristo e trazer muitos ao encontro do Pai.

Elevado à dignidade de Monsenhor em 2012, por ocasião de seus 50 anos de sacerdócio, e nomeado Cônego Honorário do Cabido Colegial da Diocese de Novo Hamburgo em 2011, Padre Pedro jamais se apegou a títulos, mas sempre se reconheceu como um simples servidor de Cristo e da Igreja.

Hoje, ao recordar sua vida, damos graças pelo bem que realizou e pelo testemunho que deixou. Que seu legado continue a inspirar sacerdotes e fiéis a viverem com intensidade o amor de Deus e a alegria do Evangelho. Que do Céu, Padre Pedro interceda por todos nós.

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