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Papa Francisco retomou seu ciclo de catequeses sobre a oração do “Pai-Nosso”

Queremos fazer esse pedido a Deus: “Senhor que eu veja”. Que possamos, como o cego de Jericó, ver e nos alegrar com a nossa vocação.

Lembremo-nos da história de um certo literato, que passava por uma fase de crise interior e decidiu descansar durante uns dias em um mosteiro. Chegando lá lhe deram um quarto e colocaram na porta um letreiro com o seu nome. Durante a noite, não conseguindo dormir, decidiu dar um passeio pelo claustro. Ao voltar, percebeu que não havia luz suficiente no corredor para ler o nome do letreiro que havia na porta de cada dormitório. Percorria o corredor, mas todas as portas lhe pareciam iguais. Para não despertar os monges, passou a noite inteira dando voltas no enorme e escuro corredor. Com a primeira luz do amanhecer, finalmente conseguiu distinguir a porta do seu quarto, diante da qual havia passado tantas vezes, sem conseguir reconhecê-la. Aquele homem pensou que todo o seu deambular daquela noite era figura do que acontece com frequência em nossas vidas: passamos muitas vezes diante da porta que conduz ao caminho ao qual estamos chamados, mas nos falta luz para vê-lo.

Saber qual é a nossa missão na vida é a questão mais importante que devemos resolver.

A vocação é o encontro com a verdade sobre nós mesmos. Um encontro que proporciona uma inspiração básica na vida, da qual nasce o compromisso, a missão principal de cada um, em que se percebem os planos de Deus para a própria vida.

O Papa Bento XVI falou da vocação como uma escolha definitiva:

“o mundo vive em contínuo movimento e a vida está cheia de possibilidades. Poderei eu dispor agora da minha vida inteira, ignorando os imprevistos que ela me reserva? Não será que eu, com uma decisão definitiva, jogo a minha liberdade e me prendo com as minhas próprias mãos?”

Nossa liberdade não foi dada senão para tomar decisões. Há pessoas que não deslancham por medo de arriscar, medo de tomar uma decisão. Quando escolhemos uma coisa boa, necessariamente deixamos muitas outras, também boas. Mas é preciso escolher. Portanto, temos que usufruir dessa liberdade dada por Deus e pedir com nossas orações que a “porta de nosso quarto” seja iluminada, para que possamos ver com clareza o que o Senhor quer e espera de nossa vida. Tenhamos a certeza de que se rezarmos com fé e esperança, Deus nos guiará para a vocação acertada.

Padre Ariel Luiz Bühler

Promotor Vocacional Diocesano

Pensando em sua vocação? Envie um email para o padre Ariel: [email protected]

Autor(a): Padre Ariel Luiz Bühler – Promotor Vocacional

Direitos da Imagem: Pascom NH

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